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Missão em Timor

Durante 3 anos estarei a fazer uma missão em Timor, pela Ordem dos frades menores capuchinhos, e neste blog tenciono contar todas as minhas aventuras e a percepção que vou tendo dos acontecimentos, tudo de uma forma peculiar que só eu sei viver :D


Quinta-feira, 20.03.14

O melhor dia do mês (e não é o de S. Receber)

Olá amiguinhos, nestes últimos dias tenho andado entusiasmado, finalmente tenho alguém no Instituto de filosofia-teologia com quem posso conversar. É uma rapariga que começou a trabalhar a semana passada no Instituto, na organização da nova biblioteca, e que me deixou surpreso quando nos conhecemos, a cena foi assim: Estava na secretaria a falar tétum (ou o que eu penso ser tétum) com as funcionárias da secretaria quando ela me pergunta “És português ou brasileiro?”. Fiquei a olhar para ela sem reacção, primeiro por ela ter percebido que eu era malai (estrangeiro), o que por si só não me deveria surpreender, depois porque o português dela foi falado com um sotaque perfeito, não acreditei que fosse timorense e cheguei mesmo a pensar que ela era cabo-verdiana (Mais tarde confessou-me que em Portugal lhe chamavam de crioula, porque andava sempre acompanhada de cabo-verdianas e tem traços iguais a elas). Uns segundos depois de ficar a olhar para ela com cara de cromo (como se tivesse outra {#emotions_dlg.serious}) respondi-lhe que era português, ela continuou “Eu estive a estudar em Portugal, no Porto”, um pouco mais interessado continuei “A sério? Eu sou do Porto… Onde estudaste?”, “No instituto politécnico”, “Pois, mas qual deles?”, “Ah! Pois… No ISCAP”, “A sério? (estava cada vez mais fascinado)”, continua ela “Eu morava em S. Mamede de Infesta” e ainda sem acreditar na quantidade de coincidências aqui disse-lhe “Eu sou de S. Mamede de Infesta” neste momento até ela se espantou… continuei eu “Estás a organizar a nova biblioteca do Instituto certo?” “Sim” “E tens ideia de como se fazem as cotas dos livros? É que estou a organizar a minha biblioteca em Tibar e não sei como hei-de fazer as cotas…” “Eu tenho um esquema que me deram, se quiseres posso dar-te”. Como já eram 13h e estávamos os dois de saída combinamos encontrarmo-nos no dia seguinte. Agora, sempre que tenho um tempo livre, costumo ir à futura biblioteca falar com ela. Já falamos da nossa experiência académica em Portugal e da cidade do Porto e relembramos coisas engraçadas que cada um viveu em Portugal. Também já trocamos ideias e sugestões sobre como organizar uma biblioteca, o que me está a ser uma grande ajuda {#emotions_dlg.blink} (Para os mais curiosos não irei publicar uma foto dela, até porque não tenho… ahahah {#emotions_dlg.lol})

O mês de Julho não começou muito bem… para o frei Agostinho. Logo no dia 3, enquanto jantávamos um bom peixinho cozido (não cozinhado por mim, por isso é que era bom) uma espinha prendeu-se-lhe na garganta… o rapaz desesperou, ele tossia, bebia água em abundância, tentava vomitar e nada, a espinha não saía… aconselhei-lhe a comer um pão, a ver se empurrava a espinha para baixo, mas nada, ela teimava em não sair… Fomos ao ISMAIK (A Mana Lu também tem uma comunidade em Tibar) ver se tinham algum remédio caseiro para ajudar a espinha a sair. Deram-lhe óleo virgem de coco para ele ir bebendo, a ver se amolecia a espinha e ela saía… coitado aquilo era tão amargo que ele tinha muitas dificuldades em beber, fazia cada cara mais feia que até metia dó… foram 3 dias de grande sofrimento, mal podia falar, mas felizmente no dia 6 ela caiu… a partir desse dia o Agostinho deixou de comer peixe, coitado, ficou traumatizado… agora já ganhou novamente coragem e já come peixe, mas demora meia hora só a certificar-se que não vai nenhuma espinha pelo meio… {#emotions_dlg.ill}

No dia 15 recebemos a visita do frei Filipe, da Joana e do Rafael. Não foi uma visita de cortesia, foi mesmo por necessidade, é que dentro de 3 dias o Rafael regressa a Portugal por não ter conseguido estender o seu visto de turista. Vai aproveitar a onda e vai passar umas férias a Portugal, com a família, e depois regressa para completar um ano de estadia em Timor-Leste como leigo missionário. Apesar do visto ser de turista, ele aqui é tudo menos isso, em Laleia era mão para toda a obra. Se era preciso fazer algum serviço lá estava o Rafael no meio a ajudar. Ultimamente, e graças a uma oferta especial de um grupo de espanhóis, ele passou a ser o fotógrafo oficial da Paróquia de Nossa Senhora do Rosário de Laleia, cargo que lhe invejo, não propriamente por ser fotógrafo, isso também o sou aqui em Tibar, mas porque a máquina que ele usa é muito superior à minha (custa-me admitir isto, mas é verdade). É óbvio que não resisti e já tirei umas fotos com aquela máquina (já não me lembro a marca nem as características principais)… Ela é fantástica, faz tudo sozinha, nós só temos que fazer zoom e pressionar o botão de disparar… fantástico, as fotos saem perfeitas, principalmente quando tiradas por mim… {#emotions_dlg.blink}

No dia 20 de Julho nós (os pós-noviços) e o frei Fernando fizemos aquilo que chamamos de “Pastoral da montanha”. Todos os meses, uma vez por mês, ao sábado, vamos visitar uma comunidade cristã situada no meio da montanha, em Nasuta. A aldeia chama-se Hatubesilolo e conta com no máximo 30 pessoas, contando mulheres e crianças… ;) Como é difícil (mas não impossível) chegar lá de carro usamos o “4rodas” para nos transportar até Nasuta e de Nasuta até Hatubesilolo usamos o “duas pernas”, ou seja, vamos a pé… São cerca de 1:30h/2h até lá, sempre a caminhar, sem parar para descansar, por entre a pura natureza e a beleza natural criada por Deus, sem intervenção de mão humana, excepto nalgumas árvores que já foram cortadas… as paisagens são lindas, vistas sobre o mar, sobre o verde das montanhas, as nuvens brancas no céu guiando-nos o caminho e o sol, todo ele, emanando calor (às vezes até de mais) e dando-nos o bom dia, um caminhada agradável que tenho pena de se fazer só uma vez por mês… A partida de casa é às 8h, com chegada prevista a Nasuta por volta das 8:30h e a Hatubesilolo entre as 10h e as 10:30h. O objectivo destas visitas não é só para celebrar a eucaristia, eles têm-na quase todos os domingos, mas para lhes dar formação cristã consoante o tempo litúrgico que vivemos e o programa preparado pela paróquia de Liquiçá da qual Tíbar faz parte. Para os próximos 5 meses está programado um Pós-Noviço apresentar uma parte do Catecismo da Igreja Católica. Este mês foi a vez do frei Manuel com o tema “a fé professada”, falando sobre o credo. No próximo mês serei eu e falarei sobre os sacramentos. No final da missa a comunidade dá-nos um almoço que, apesar de não ser pouco, só dá para aguentarmos a viagem, ou seja, chegamos a casa por volta das 15h e, para além de nos apetecer tomar um banho e descansar, o que nos apetece mesmo primeiro fazer é voltar a almoçar, ou seja, a re-almoçar… (eheh acabei de inventar uma palavra nova, vou patenteá-la e cobrar direitos de autor a quem a usar) {#emotions_dlg.happy}

Estas são as paisagens que eu vejo quando faço a "Pastoral da montanha"

 

 

Durante a tarde os freis John e Rafa chegaram das suas férias com a família no Oe-cussi, a fim de poderem participar no curso de catequistas, a nível diocesano, que o frei Fernando organizou. E por ter sido o frei Fernando a organizar, o espaço tem de ser limpo por nós, pois está claro… E lá fui eu, o único voluntário ainda com forças nas pernas, ajudar à limpeza. E não podia ter sido escolhida a pior pessoa para fazer limpezas… As noviças das irmãs Concepcionistas já se encontravam por lá, mas faltava o homem da força (posso ser magro, mas tenho muita) para arrastar os objectos pesados… Como se fazer limpezas em grupo não fosse já por si divertido (especialmente comigo pelo meio) ainda havia uma festa de um grupo coral mesmo ao lado das salas que estávamos a limpar. Quando começamos as limpezas, as noviças deram-me uma vassoura para a mão, mas o que eu queria mesmo não era limpar, mas sim dançar. E já que as noviças, por vergonha (digo eu), não queriam dançar comigo, dancei eu com a vassoura… mais tarde acharam que varrer não é trabalho digno de um homem e deram-me uma mangueira para a mão… não podiam ter feito pior asneira, saíram de lá todas molhadas… melhor, saímos todos molhados, porque eu também aproveitei para me refrescar… mas ao menos ficou tudo limpo… {#emotions_dlg.style} Resumindo, foi uma tarde bem divertida que se repetiu no dia seguinte, mas sem mangueiras nem água, só com alfinetes… foi pôr toda a gente a dizer “Ai” (estou a brincar)… {#emotions_dlg.lol} 

Para o próximo episódio temos o aniversário do frei Fernando, Jornada Mundial da Juventude Rio de Laleia e muito mais… Não perca o próximo episódio, porque eu também não… pudera, sou eu o guionista e o actor principal… {#emotions_dlg.tongue}

 

PS: Alguém tem livros de filosofia que queira enviar para Timor? Manuais escolares não vale a pena, o que realmente precisamos é de livros de autores filosóficos, tipo Descartes ou Kant (entre outros), livros de ramos de filosofia, tipo Cosmologia, Antropologia, etc… e também livros de História da filosofia… Ando a percorrer as melhores bibliotecas de Dili e nenhuma tem o que procuro… Podem enviar por correio para “Ricardo Tinoco, CP. 139, Tíbar”. Até 2kg, em económico, só custam 3€, têm é de pedir para ser económico, senão despacham por avião, fica mais caro e demora o mesmo tempo… Obrigado!

 

Para terminar deixo duas das minhas melhores fotos que tirei em Timor...

 

A caminho de Liquiçá...

Um pescador em Laleia...

Paz e bem amiguinhos! Estaremos juntos na oração e no coração! {#emotions_dlg.heart}

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por missao em timor às 12:40

Sábado, 03.11.12

Angry birds

Olá amiguinhos, se quando estava no Porto o sábado era aproveitado para jogar futebol, aqui é para “passear”, ou seja, visitar as aldeias que estão situadas no meio das montanhas onde a única forma de se lá chegar é a pé. A viagem até que começou bem, apesar das dores musculares que sentia. Fui eu a levar o carro e, para não cair no erro da última viagem, não passei dos 50km/h, mesmo nas grandes rectas. Quando estacionei o carro um Senhor veio logo ter comigo a dizer que tinha feito algo perigoso (Estas acusações já começam a ser comuns) e mostrou-me como estava a parte de baixo da pequena ponte que tinha atravessado. Tinha desabado grande parte do suporte da ponte, foi realmente um grande risco tê-la atravessado, mas eu não sabia… {#emotions_dlg.happy}
Comecei a caminhada, acompanhado por três frades e dois leigos. Custou a começar, mas depois os músculos aqueceram e já nem sentia as dores. Desta vez o caminho não era de pedras grandes e soltas, mas feito de erva, ou algo parecido… bem mais suave :D

Paramos a meio do caminho onde havia uma árvore de mangas. Aqui existem árvores de fruto que não foram plantadas por ninguém. Todos os anos a água, no tempo das chuvas, muda de rota e, o que no ano anterior era um riacho, depois da mudança do curso da água, a terra seca e crescem árvores e algumas são de frutos, como o caso desta. Paramos para colher algumas mangas para comer pelo caminho. Eu dei aso à minha altura para segurar alguns ramos e arrancar a fruta, enquanto outros usavam uma fisga. Ao olhar para a fisga não resisti e também quis experimentar. Pego na pedra, puxo o elástico, faço mira e… poff, a pedra cai uns centímetros à minha frente… Não desisti e voltei à carga e… poff, uns centímetros mais à frente, mas longe de acertar nas mangas… desisti e voltei à caminhada. Mais à frente decidimos parar para descansar e foi quando decidi treinar o meu tiro com a fisga… Agora sim, valeu a pena as horas que passo a jogar angry birds no telemóvel, grande pontaria e a longa distância… {#emotions_dlg.happy}

Eu não sei quanto tempo andei, mas deve ter sido mais de 3horas… Nunca me cansei tanto a andar como neste dia, mas consegui chegar à aldeia. A visita às aldeias consiste em estar um pouco com a população e celebrar lá a Eucaristia.

Se na ida a minha cabeça estorricou com o calor, no regresso vim acompanhado de trovões e ameaça de chuva. Felizmente não passou de ameaça, algo que á me venho habituando… {#emotions_dlg.happy}

Se na ida atravessar riachos era a melhor coisa que podia fazer, a água era fresquinha, no regresso foi o contrário. Apesar do céu ameaçar chuva, o calor era imenso e a água era tão quente que nos queimava os pés. Eu acho que se metesse um ovo dentro de água ele cozia… {#emotions_dlg.sol}

Fui a um velório no domingo passado (28 Outubro), quer dizer, não fui propriamente ao velório, fui ao almoço. Cheguei a casa da família da falecida e o ambiente era típico de um funeral, os homens a jogar cartas e as mulheres na conversa ou a preparar o almoço. Dentro de casa a sala de estar estava praticamente vazia, só tinha lá o caixão apoiado em algumas cadeiras. O almoço foi em grande, parecia um casamento… tudo animado e no final mais uma partida de cartas. Homens de um lado mulheres do outro, sem misturas. Aliás, aqui os homens e as mulheres fazem tudo em separado, só não sei é como têm filhos… {#emotions_dlg.lol}

No final o Padre fez a encomendação da defunta e a família dirigiu-se para o cemitério.

Esta semana tivemos as festas de todos os santos (1Novembro) e a festa dos fiéis defuntos (2Novembro), ambos feriados em Timor, tomem… aqui é que é bom… Tudo é desculpa para ser feriado. Apesar da grande população, se não toda mesmo, ser católica até os feriados muçulmanos são vividos cá (e aqui não há muçulmanos) {#emotions_dlg.tongue} O “diferente” destes dias foi no dia 2. As pessoas vêm assistir à missa, até vem mais gente que o comum, e todas as famílias trazem grandes quantidades de flores para serem abençoadas na missa e, no final, serem levadas para o cemitério para enfeitar as campas dos familiares falecidos. Eu ainda não conheci o cemitério, porque ainda não morreu nenhum frade em Timor, serei eu o primeiro? Quem sabe… Estou a brincar… {#emotions_dlg.dork}

Ontem, na conversa durante o jantar disseram-me que virão para cá mais 3 missionários leigos. Chegam a Timor dia 10 Novembro. Vai ser muito bom, não só para eles como para a população timorense. É fantástico receber notícias destas, agora resta-nos rezar para que tudo lhes corra bem e que a missão que eles vêm cá fazer seja frutífera. {#emotions_dlg.happy}

Paz e bem amiguinhos! Estaremos juntos na oração e no coração!{#emotions_dlg.heart}

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por missao em timor às 04:15

Domingo, 21.10.12

Chamem os bombeiros que estou a arder...

Finalmente já tenho os meus hábitos de sono de acordo com os horários de Timor. Já durmo de noite e estou acordado de dia, em vez do contrário {#emotions_dlg.away}

A casa onde estou a viver agora, em Laleia, tem dois pequenos jardins. Nem imaginam a quantidade de insectos que isso atrai, parece que estou a viver numa savana, mas em vez de tigres, leões e zebras, tenho louva-a-Deus, gafanhotos, tokés,  mosquitos… {#emotions_dlg.viseu}

Esta semana decidi experimentar, na comida, os típicos molhos da Indonésia. À primeira dentada: “FOOOGGGGOOOO CHAMEM OS BOMBEIROS, A MINHA BOCA ESTÁ A ARDER…” credo, que picantes que são… eles abusam mesmo do piripiri… Ah e os bombeiros não ajudaram nada, porque eles aqui não apagam incêndios, só servem para arrombar portas e pegar os gatos que ficam presos nos topos das árvores, a sério… {#emotions_dlg.barf}

No sábado fui conhecer uma nova aldeia, chama-se Turiaha. Metade do percurso de carro e outra metade a pé, cerca de 1h… Havia alturas que parecia que estava no deserto, mas em vez de areia no chão tinha pedras grandes e soltas. O sol batia forte e não via sinais de civilização, só faltava começar a ouvir o cantar dos corvos… que medo… {#emotions_dlg.sidemouth}

Se os caminhos do interior de Angola forem iguais aos do interior de Timor, então está explicado porque o Eusébio tinha um remate forte, é cada chuto nas pedras que dou… {#emotions_dlg.blink}

Entretanto, durante a viagem, quase ficava sem telemóvel. A meio da viagem paramos para descansar e o tlm escorregou-me do bolso. Terminada a pausa levanto-me, dou dois passos em frente, olho para trás e lá estava ele deitadinho na relva todo sorridente como que a dizer: “Não te estás a esquecer de nada?” {#emotions_dlg.tlm}

A atenção e carinho deste povo são enormes. Sempre que nos deslocamos para uma aldeia fora de Laleia somos recebidos com uma chávena de café e algo para comer. E fazem questão que comamos. Eles sabem como receber os convidados… e nunca saímos de lá sem almoçarmos primeiro…{#emotions_dlg.heart}

Por outro lado, os cães de cá parecem tirados do Evangelho de S. Lucas, da parábola do pobre Lázaro, sempre debaixo das mesas a tentar apanhar as migalhas que caem ao chão (Cf Lc 16,19-31). Não os censuro, deve ser a única coisa que comem, são tão esqueléticos que quando vão ao médico não precisam fazer raio-X, consegue-se contar todos os seus ossos… {#emotions_dlg.happy}

Como podem ver estou a adorar esta experiência, está a ser mesmo fantástica e enriquecedora. Tal como diz a minha irmã Carla e um amigo que temos em comum: quando voltar estarei um homem diferente, mais maduro. É provável que sim, pelo menos terei outra visão da realidade da vida. Mas não perderei a minha ingenuidade(se é que ainda tenho) e o meu sentido de humor (se algum dia o tive) {#emotions_dlg.happy}

PS: Ontem, Sábado, matei 21 mosquitos com a minha raquete eléctrica enquanto via o telejornal português. Obrigado Zé, Tem sido um instrumento muito importante para mim. {#emotions_dlg.happy}

Paz e bem amiguinhos! Estaremos juntos no coração e na oração. {#emotions_dlg.heart}

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por missao em timor às 07:05


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